Wilfredo Baixauli é um poeta de Valência, de características urbanas, e escreve no idioma de sua terra, o valenciano, semelhante ao catalão. Começou há pouco tempo a escrever poesia, influenciado por uma amiga, e mantém um blog (http://elracodeltiowilly.blogspot.com.es/), onde a maioria dos poemas está em espanhol. Apresentamos um poema de sua autoria, recente, em valenciano, espanhol e português, na tradução de Francisco Settineri.
“Eu me definiria como um poeta que escreve urbanamente, o que me sai do coração, por hoje não estou preparado para falar das coisas que não conheça e veja, falo de minha família, de minhas amizades, da morte na vida, este último poema foi escrito na sala de espera em que acompanho meu pai, que sofre de uma longa enfermidade”.
*
TEMPS DE VIURE
Temps de viure
de no pensar en el final
de no parar
de voler estar.
Temps de viure
de fer i desfer
de voler i estimar
a la gent del meu voltant.
Temps de mirar L’horitzó
d’un nou mati
d’un nou despertar,
dies d’esperança i d’alegria
que venen al caurer el dia.
Lluita sense descans
sense presses
sense pauses
lluitar per veure pasar
a la gent volguda per mi,
un instant
quant torne a despertar.
*
TIEMPO DE VIVIR
Tiempo de vivir
de no pensar en el final
de no parar
de querer estar.
Tiempo de vivir
de hacer y deshacer
de querer y amar
a la gente de mi alrededor.
Tiempo de mirar el horizonte
de un nuevo mañana
de un nuevo despertar,
días de esperanza y de alegría
que vienen al caer el día.
Lucha sin descanso
sin prisas
sin pausas
luchar por ver pasar
a la gente querida por mí,
un instante
en cuanto vuelva a despertar.
*
TEMPO DE VIVER
Tempo de viver
de não pensar no final
de não parar
de querer estar
Tempo de viver
que faz e desfaz
de querer e de amar
a gente ao redor
Tempo de olhar no horizonte
uma nova manhã
um novo despertar,
dias de esperança e alegria
que vêm no cair do dia.
Luta sem descanso
sem pressa
sem pausa
luta para ver passar
quem é querido por mim,
um instante
quando torne a despertar.
Wilfredo Bauxauli Bou (2012), trad. Francisco Settineri.
Francisco Settineri.